Automação residencial: por que arquitetos devem dominar o assunto?

By 20 de março de 2018Automação

Já pensou em controlar a temperatura do ar-condicionado, as luzes dos cômodos da sala, o movimento das cortinas e até a frequência da irrigação do jardim com apenas um toque na tela do celular? Há alguns anos, isso pareciacoisa de filme futurista. Hoje, com a automação residencial, o sonho se tornou realidade.

Soluções são lançadas no mercado ano após ano, sempre de olho nas tendências de consumo de uma população cada vez mais informatizada. A promessa é a mesma: tornar a nossa vida fácil, prática e cômoda.

Quer saber mais sobre as principais tendências da automação residencial? Acompanhe o post de hoje e descubra, também, qual é o papel do arquiteto no desenvolvimento de um projeto que seja rico em tecnologia sem perder todo o conforto que qualquer residência merece!

Qual é a importância da automação residencial para arquitetos?

É claro que, quando o assunto é automação residencial, muitas pessoas pensam logo de cara na praticidade e na possibilidade de ter uma casa supermoderna, mas a prática vai muito além desse benefício.

Você sabia, por exemplo, que uma casa automatizada é uma opção muito sustentável? Pois é! Dessa forma, é possível reduzir inúmeros desperdícios como o de água e luz, por exemplo, uma vez que o morador consegue gerenciar o consumo de onde estiver e da maneira que julgar melhor.

Além disso, a acessibilidade também não deve ser ignorada e é um benefício tanto para o arquiteto quanto para o cliente. Pense só: um smartphone já é suficiente para que o cliente tenha controle e gerenciamento de toda a casa. A vida do arquiteto também será facilitada, já que dessa forma é possível instalar ainda mais elementos que vão incrementar muito o projeto.

Um esquema de luzes, por exemplo, tem a capacidade de transformar o ambiente completamente. Porém, muitas vezes não chega a ser usado direito, já que o cliente precisaria ter o trabalho de ir até o interruptor e fazer a ligação.

Como a automação residencial é feita na prática?

Agora que você entendeu os principais benefícios da automação residencial, é hora de saber o motivo de o papel dos profissionais de arquitetura ser tão importante para que o processo de automação não dê errado.

É fundamental que o arquiteto esteja por dentro da tendência, como uma espécie de ponte entre o cliente e a empresa que fará o serviço de automação. Você será a principal referência nos seguintes pontos:

  • decoração que permita o posicionamento estratégico dos eletrônicos (como a TV, home theater, som ambiente);
  • projeto de luz do cômodo;
  • seleção dos revestimentos que harmonizam com o projeto de automação;
  • melhor opção de tecido para a cortina, por exemplo, caso ela seja automatizada;
  • consulta a engenheiros eletricistas sobre os alarmes;
  • orientação aos eletricistas a respeito dos cabos e fiações.

O arquiteto é um mediador fundamental nesse processo. Com sua expertise, será possível integrar toda a tecnologia desejada pelo cliente sem que o projeto perca sua identidade inicial.

Não é necessário conhecer termos técnicos da área e nem saber instalar um sistema de som automatizado com as próprias mãos. O que importa é o jogo de cintura que permita a realização de um bom “meio de campo”.

É justamente o arquiteto que vai avaliar a viabilidade e funcionalidade de cada um dos desejos do cliente. Por exemplo: imagine que a família deseja automatizar a casa toda. A empolgação está tão grande que o cliente quer colocar um home theater junto a uma grande televisão e um som ambiente com muita potência. O projeto atual, porém, especifica que a sala de estar é integrada à de jantar.

Vale dar a sugestão de dividir os dois ambientes, para que a sala de jantar seja um local mais calmo, com foco nas refeições e nas relações pessoais da família. Já a sala de estar, sim, pode ser totalmente equipada com televisão, som e muita tecnologia. Assim, o uso de um cômodo não atrapalha quem está no outro (o que poderia se transformar em algo desconfortável).

O exemplo acima é apenas uma ilustração das inúmeras funções que o arquiteto agrega ao seu trabalho quando um projeto de automação residencial começa a fazer parte da rotina.

Tenha sempre em mente a importância de se manter atualizado em relação às tendências. O comportamento humano está cada vez mais relacionado ao uso de tecnologia integrada na rotina, ou seja, é fundamental que o arquiteto seja uma referência na área. Imagine se seu cliente chega cheio de ideias para um projeto supermoderno e você não faz ideia do que ele está falando? Vai perder credibilidade, concorda?

Como fazer um projeto diferenciado?
Veja a seguir as melhores formas de fazer um projeto que vai conquistar o coração dos seus clientes.

– MONTE UMA SALA DE CINEMA
Já pensou em ter uma sala de cinema em casa? Não é difícil e nem tão caro, ou seja, o projeto é muito mais acessível do que se imagina.

É simples: separe um local da casa e transforme-o em um cômodo, ou, caso o projeto seja de reforma, use algum ambiente do qual o cliente pode abrir mão. Não precisa ser nada muito grande.

Coloque um sofá (ou dois, caso o espaço permita), de preferência um modelo reclinável, encha de almofadas e deixe uma mantinha na ponta, sempre visível — ela é inclusive uma ótima decoração para sofás. Vale também colocar um grande tapete que cubra boa parte do chão. O ideal para criar o “escurinho de cinema” é ter um sistema de blackout, seja na própria janela ou em cortinas.

A automação entra agora: posicione uma televisão (as de 49 ou 55 polegadas já são ótimas opções) em frente ao sofá e não se esqueça do home theater. O serviço de automação residencial será responsável por integrar o áudio da TV com um som ambiente, usando caixinhas colocadas dentro do teto, por exemplo, além de trabalhar nos esquemas de luz, cortina e ar-condicionado. Sua sala de cinema está pronta!

– CAPRICHE NA ÁREA EXTERNA
Seu cliente gosta de uma boa área verde, mas não tem tempo para se dedicar aos cuidados necessários? Com a automação, saiba que o investimento é de uma vez só e vai contribuir muito para a vida útil do jardim, além de deixá-lo sempre lindo.

Um bom deck unido a uma piscina e objetos de conforto —como espreguiçadeiras ou sofás de madeira com almofadinhas estilosas — já são um bom começo. Para integrar o ambiente, capriche no projeto do jardim.

Pense em acabamentos benéficos tanto para o jardim quanto para a área da piscina, o que evita desconfortos e acidentes. Selecione as melhores espécies de plantas, que vão em conjunto com os desejos do cliente, suas dicas e o estilo do projeto e, por fim, termine a decoração da forma que foi combinada.

No final, a automação entra com a irrigação automática, realizada sempre que o morador selecionar a opção no smartphone. Também existe automação especializada para a piscina, que é basicamente a integração das luzes internas, da cascata, filtro, bomba e temperatura — tudo na palma da mão.

Existe um mundo de possibilidades para quem pretende realizar um projeto rico em automação residencial. Não fique por fora das tendências que envolvem tecnologia e tenha em mente que elas farão parte da rotina do arquiteto cada vez mais e de forma muito rápida.

E então? Conseguiu visualizar a importância do domínio do assunto por arquitetos? Compartilhe o post em suas redes sociais para que seus amigos e colegas também fiquem por dentro!

Artigo original, da Archtrends: https://archtrends.com/blog/automacao-residencial/